quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ganfei - GNR fica sem mão

Ainda lhe disse para não mexer naquela brincadeira porque ainda rebentava, mas foi só virar costas e ouvi o estrondo”. Eduardo Pires, proprietário da Taberna no Largo de S. Teotónio, na freguesia de Ganfei, em Valença, foi a última pessoa a tentar demover um efectivo da GNR, de 52 anos, que ontem ficou gravemente ferido numa mão quando tentou abrir um foguete que tinha encontrado minutos antes. O homem, residente naquela freguesia, está internado no Centro Hospitalar do Alto Minho, em Viana do Castelo, onde foi submetido a uma cirurgia à mão direita. “Ouvi-o gritar pelo meu nome em desespero. Mal saí a porta, vi-o a segurar com o braço esquerdo a mão que estava cheia de sangue e toda esfacelada”, contou ao CM o proprietário da taberna que ficou com três vidros partidos devido ao rebentamento. O efectivo da Guarda estava de folga quando encontrou, cerca das 11h30, um dos foguetes lançados no dia anterior, dia de feriado municipal, e que não terá rebentado. “Entrou pela porta a pedir uma faca para tentar abrir o foguete e pegou numa que estava pousada no balcão. Foi muito rápido e saiu logo”, explicou o proprietário da taberna, ainda incrédulo.

Notícia de 20.02.2008 do
Correio da Manhã



Pois é, a tragédia aconteceu! O Júlio Martins Lopes (conhecido no meio por Júlio Cóia), Cabo da GNR de Valença foi quem sofreu este acidente, depois de ter encontrado uma bomba, presumivelmente de foguete. Numa tentativa de fazer sabe-se lá o quê com o dito engenho, explodiu-lhe nas mãos o que lhe causou ferimentos graves, amputando-lhe dois dedos de uma das mãos. O Júlio encontra-se internado no Centro Hospitalar do Alto Minho em Viana do Castelo ao qual lhe desejamos rápidas melhoras.
O caso é seguido também pela GNR de Valença.

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